Por mais que seja um filme divisor de opiniões, A Bruxa de Blair (que eu adoro) fez escola. A estética amadora e documental para um filme de terror demorou a mostrar sua força, mas uma série de produções bem-sucedidas provou que este pode ser um sub-gênero bem lucrativo. Afinal, são longas que custam pouco e quando dão certo mostram uma arrecadaçao muito superior ao seu orçamento inicial. Claro, uma dose de jogada de marketing esperta só ajuda. Eu, particularmente, adoro esses filmes porque eles dão um toque de realidade em um assunto fantasioso para a maioria.
Já tivemos Cloverfield, de Matt Reeves, sobre o ataque de um mostro em Nova York que é captado pela filmadora de um sujeito que só queria registrar uma festa de ano novo. Foi logo seguido por REC, produção espanhola protagonizada por uma repórter que ao cobrir o trabalho do corpo de bombeiros se vê presa em um prédio ao lado de outras pessoas. O edifício é isolado devido a um vírus e todo o terror vivido pelos personagens é filmado pelo cameraman. Agora tem este Atividade Paranornal, filme que custou 11 mil dólares e já arrecadou 62 milhões só no Estados Unidos. O longa é sobre um casal que se muda para uma casa suburbana e começam a desconfiar da presença de alguma entidade demoníaca. Para comprovarem a suspeita, eles colocam câmeras de vigilância para registrarem evidências do que acontece enquanto dormem.
O sucesso de Atividade Paranormal chamou a atenção dos executivos de Hollywood e uma sequência será produzida. Agora, a verdadeira novidade ocasionada por este fenômeno é o retorno de A Bruxa de Blair. Eduardo Sanchez e Daniel Myrck, diretores do original, vão fingir que o segundo filme nunca existiu (o melhor que eles fazem, aliás) e já estão trabalhando em um projeto que começa logo após o fim do primeiro. É o que disseram para o jornal The Toronto Star. Agora, o que eu não entendo é que a dupla ainda revelou que os atores da produção original vão retornar em papéis pequenos. Como imagino que o novo longa será um projeto que seguirá a mesma estética do primeiro, estou quebrando a cabeça para saber como o trio entrará no terceiro. Espero que Myrck e Sanchez tenham encontrado um ótimo motivo.